terça-feira, 23 de novembro de 2010

A Notícia nas mãos

Comunicar é informar, é formar opinião e conquistar mentes e corações através de um instrumento chamado palavra. A palavra através de todos os seus veículos, a palavra em tempo real, para todo o mundo, a qualquer hora.
Os instrumentos comunicacionais facilitam a relação entre o comunicador e o público. Segundo Clovis Rossi, em seu livro: o que é jornalismo (nona edição, 1991) “Entre a ocorrência de um fato e a sua veiculação, seja por jornais ou revistas, seja pela televisão, percorre-se um caminho relativamente rápido, se medido em horas, mas bastante tortuoso e complexo. A começar do fato de que a imprensa não vive apenas dos episódios ocorridos num determinado dia, mas também da discussão, do debate e da análise de acontecimentos de situações intemporais, ou seja, que estão acontecendo, e não simplesmente que aconteceram”.
Há milhões de anos quando o homem das cavernas arriscou a primeira palavra expressando seu desejo por comunicação, ele foi um visionário, mesmo que tivesse sido apenas através de um grito gutural. E apesar do seu nome ser ignorado, os milhares de artistas, inventores, arautos, jornalistas, poetas, músicos e empresários, que em algum momento abraçaram o seu legado e romperam limites, convenções pré-estabelecidas e a ciência vigente no afã de se comunicar, nunca mais foram esquecidos.
O jornalismo não é só a voz do povo, mas os ouvidos e os olhos também, é o contado direto das pessoas com o que acontece no mundo, enfim, a liberdade de imprensa é uma grande conquista, é democracia. O sentido do Jornalismo é promover o bem comum, difundir conhecimentos e orientar a opinião pública.
A objetividade no jornalismo ainda é um mito, mas mesmo assim, partimos do pressuposto de que existem os dois lados da moeda e sempre tem alguém que defenda um e alguém que defenda o outro. Mario Mesquita (INTERCOM 2005) enfatiza:”“Objetividade” é um conceito que convém mencionar sempre entre aspas, a fim de assinalar distância e dúvida. Tal postulado implicaria ainda em aceitarmos que é possível conhecê-lo, representá-lo com fidelidade, recorrendo às frágeis metodologias do jornalismo”.
A maneira de escrever influencia na comunicação, por isso os jornais devem apresentar condições para que possam ser lidos e entendidos com rapidez e facilidade, especialmente levando-se em conta que entre os leitores, há pessoas de todos os níveis de instrução. Portanto, a persuasão deve, necessariamente ser usada para a compreensão do discurso.
Um gênero jornalístico privilegiado, onde se contam e se narram as peripécias da atualidade, seja no jornal nosso de cada dia, na imprensa não cotidiana ou na televisão, é sempre constituído de incrementos sedutores e argumentações. Não se trata de ilusão do discurso, ou mentira, apenas de maneiras pomposas e capazes de chamar a atenção de leitor. Enfim, cabe ao veículo e ao profissional de comunicação bem informar, ou não, ai a preocupação com a ética profissional, passa a ser uma questão pessoal e de caráter do indivíduo que tem a notícia nas mãos.