segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Nova contagem regressiva!

Certa Vez, Lya Luft, renomada escritora, anunciou em um de seus pontos de vista: “Ah, que bom seria se todas as trapalhadas de nossas vidas pudessem ser anuladas com uma boa errata. Em geral, não podem”. A cada virada de ano temos a sensação de que poderemos começar tudo de novo, que podemos concertar o que de errado fizemos no ano que passou, como se pudéssemos compor uma errata de nossos enganos.
Cada ano queremos melhorar, evoluir, qualificar... Frenesi! Talvez... Essa, talvez, seja a hora da autópsia!
Cometeste erros? Tente concerta-los. Muitas vezes você pode pensar que não ‘da’ tempo de voltar atrás... E, às vezes não dá mesmo! Não da pra publicar uma errata... Mas tente compensá-los, faça o bem não importa a quem... Esse é um ditado popular muito conhecido! Na verdade nem sei de onde surgiu... Clichê? Não! Sabedoria!
Em final de ano, evocam-se problemas contingentes e imanentes, a marcar o presente na iminência do novo ano. Promessas são feitas aos montes!... Prometeu parar de fumar? Pare! Cumpra suas promessas de final de ano! Persista e ai sim: “relaxe e goze” como diria Marta Suplicy.
Mas sempre existe um contraponto nessas viradas de ano! O copo está meio cheio ou meio vazio? É algo do tipo que Shakespeare colocou na locução do personagem Hamlet. No século XII, Hamlet é a prova de que a tristeza, a angústia, o rancor, a passividade já são doenças consumadas e que atingem direto a mente do ser humano.
 De um lado as renovações espirituais de outro a descrença com a situação atual financeira e política do país... Ai sim existe descrença!
Dessa forma o opúsculo passa a ser limiar, a fronteira é sintomática, sentimos nos bolsos e muitos nos pratos vazios...
É claro que não podemos fechar os olhos, mas a s vezes da vontade, “Passou. Sua eterna dúvida era se valia a pena renovar esperanças ou insistir na veracidade da sensação de que nada mudara” .