sexta-feira, 10 de junho de 2011

Prosa ou Poesia?

Como o clima é de romance, dia dos namorados e por aí vai, resolvi fazer uma enquete... Perguntei para alguns homens: Para conquistar o amor de uma mulher você usaria prosa ou poesia?
Pois bem, a enquete foi realizada, questionei 172 homens com idade entre 18 e 40 anos. Eu havia imaginado em fazer uma pesquisa quantitativa, mas recebi respostas que me surpreenderam. Não sugeri nenhuma definição para os termos prosa nem poesia, simplesmente perguntei. A idéia central surgiu da obra de Geoffrey Miller “A mente seletiva” o livro trata da seleção sexual para a reprodução.
            O que pode significar a prosa? Ela pode ter duplo sentido, mas vamos falar apenas em designação poética. Então, pela lógica: Prosa seria a resposta adequada, pois prosa é mais amplo, você pode dizer absolutamente tudo. Poesia é limitante, especialmente se for rimada... Então, um parêntese para um dos meus depoentes: pode ser coisa de “cumpadre” também...
Se a tese de Miller fosse comprovada: A conquista fazendo parte da seleção sexual, então o cérebro seria mais uma órgão sexual. Bem, dessa forma as conseqüências seriam múltiplas a sobrevivência somente seria assegurada aos mais atraentes para o sexo oposto. Bem, então, poderia ser que houvesse mesmo uma sociedade secreta instalada dentro de nosso próprio corpo, nos comandando lá de dentro, seriam eles: os genes! Em prol de sua preservação, eles lutariam para fazer cópias e mais cópias e cada vez melhores de si mesmos. Ops chega! Daqui a pouco já estarei falando de Pink e Cérebro aqui... Como não sou nenhuma estudiosa da área vou parar por aqui com as minhas teorias, pra não chamar de viagem (risos)!
Mas, voltando a enquete: Os homens andam mais criativos, mais poéticos! Gostei de ver! Houve adeptos da prosa, houve adeptos à poesia, houve adeptos a ambos, houve adeptos a nenhum! Como diria meu amigo Arion, jornalista de primeira estirpe: “Amor não se conquista. E mesmo se fosse feito, não o seria com palavras, e sim com a intensidade que estas fazem sentir. Portanto a forma é mero acessório.”
Recebi depoimentos como: “Dependendo da mulher” o que poderia ser encaixado como um método de seleção, será? Dependendo do ponto e vista poderia ser exclusão, portanto: descriminação! Para as mulheres é difícil entender a cabeça dos homens e vice e versa. Fiquei horas (sem exageros), tentando entender, descobrir, deduzir, decifrar, que tipo de mulher seria conquistada com prosa, e que tipo com poesia... Entenda os homens... Querem saber a que conclusão cheguei? – Nenhuma!
Se Miller estiver certo: Mulheres ficam fascinadas com homens que sabem escolher o ritmo das palavras. Mas afinal: do que mesmo as mulheres gostam? Plin! Isso vai dar outra enquete! Até a próxima! Um abraço!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Era uma vez uma História de verdade

Há pessoas que não acreditam que possam existir amizades de verdade, daquelas que duram a vida toda. Não sei, não vivi uma vida toda ainda, mas acredito em amigos para sempre!
Amigos que você fica muitos meses sem, se quer, um simples contato, a menos estes interpessoais, mas extremamente necessários, como internet, telefone, enfim, e mesmo, tão distantes, quando se encontram parecem tão próximos, e têm tantos assuntos em comum e tanta coisa para contar...
         É estranho pensar que a vida possa perder esse brilho, alguns não confiam nem em sua própria sombra, e particularmente não acredito que estes sejam felizes!
         Todos podem errar e confiar na pessoa errada, uma, duas, dez vezes, quantas forem necessárias até encontrar a pessoa certa para trocar confidencias, pedir conselhos, compartilhar alegrias! Pode ser um amigo, ou dez amigos, não importa se a amizade for verdadeira, a felicidade terá a mesma intensidade!
         Aprendi que amigos vão e vem, a gente vai se afastando de alguns em nossa trajetória, a distância, o destino, caminhos e vidas traçadas de maneiras diferentes, escolhas... Mas os verdadeiros, sempre são lembrados e sempre que possível, mesmo que esse possível leve anos, sempre dá-se um “jeitinho” de causar um reencontro.
         Sim, eles são raros, para mantê-los, também não é fácil, é preciso dedicação, é preciso regar esta amizade sempre com respeito e atenção, mas este também tem que ter a capacidade de respeitar e entender seus bons a maus momentos.
         Esta semana pensei muito antes de escrever esta coluna, não quis fazer críticas, e nem citar pensadores, resolvi dedicá-la à meus amigos de verdade! Alguns venho cultivando desde a infância, outros fui conquistando em determinados momentos ou fases da minha vida, de outros fui me afastando quando perdi a confiança e depois descobri que nunca foram de verdade.
         Meus amigos de verdade que sempre me deram muitas alegrias! Obrigado por existirem!
         Isso está até parecendo uma mensagem (risos), quando o assunto é sentimentos, o texto perde a denominação e passa a se chamar melancolia! É mais ou menos isso mesmo, as pessoas têm medo de falar o que sentem.. e blá blá blá...

A diferença entre bons amigos e melhores amigos é que os bons conhecem suas melhores histórias, os melhores participaram delas com você.

sábado, 26 de março de 2011

A Aranha tece teias, o Aranha... Poesias

O tempo passa depressa... Já fazem 6 anos, neste dia 27 de março, há seis anos atrás era domingo de páscoa...
Nas primeiras horas daquele dia, em 2005, eu ainda estava ao lado da pessoa mais incrível que conheci, mas o que era pra ser um dia igualmente incrível, não aconteceu!
            Faltava pouco menos de um ano e meio para a nossa formatura, os planos eram muitos, a grande festa com os melhores amigos e a pergunta que não queria calar: Cadê o Aranha?
            O Aranha era um “brother”, inteligente, engraçado, aliás, muito engraçado, tinha muitas histórias pra contar, umas eram verídicas, outras nem tanto, mas não eram mentiras, eram iesboço da sua criatividade .Uma figura de coração enorme, dono de uma grande simplicidade e compreensão. Poeta! Aquele que sempre soube sintetizar os sentimentos das pessoas ao seu redor e amar! Subir na mesa do bar e gritar, para quem quisesse ouvir, que amava!
            No som tocava “só penso nela, quem é ela? O nome dela: é Daniela” (Grande Dani) olhei para traz, para ele que dormia... Foi a última vez...
 TEMPO PARA VIVER
Tempo que passa ao longo dos tempos,
Tempo que nunca passou,
Tempo sozinho, tempo esquecido,
Tempo que não acabou.

Tenho o tempo na lembrança,
Momentos de criança,
Que sempre quis voltar,
Dançar novamente ciranda,
A vida recomeçar,
Quantas novas histórias,
Pra no futuro recordar.

O tempo não dá tempo
Ao curto tempo que tem.
Não basta viver a vida
É preciso tempo para viver.

Felipe Eduardo Bremm
*06/06/1981
+27/03/2005

terça-feira, 1 de março de 2011

E... Cultura Pra Que???

Por: Karine Hasse
Jornalista
MTB: 12941
karineraquel@hotmail.com

E... Qual foi minha surpresa quando ouvi este comentário na semana passada... pensei muito no assunto até começar a escrever estas palavras (inhas).
Vou começar indagando uma expressão que o jornalista e colunista, Eduardo Ritter, amigo meu, costuma usar “meu caro leitor Tupiniquin”, gosto tanto deste algoritmo que até penso em plagiá-la... O que dirá meu caro colega ao ler este texto mais tarde?
Bem, “meu caro leitor Tupiniquin” é nessas horas que me preocupo com o futuro da Humanidade, no ano de 2010 ouvir este duro comentário é realmente preocupante... E olha que não estou exagerando, não!!!
Depois que inventaram o Google e a Wikipédia, deu-se adeus aos livros e enterrou-se o Aurélio. Simples, tudo ficou mais simples, é só escrever o que você quer saber, no maior site de buscas da internet, e: PLIM! Ta tudo ali na tela! “Prontinhu e Mastigadinhu”!
Ah sim, já ia esquecer! Tem ainda o Ctrl C e o Ctrl V, os famosos “Copiar e Colar”, já vi isso até mesmo em trabalhos acadêmicos, não é mesmo meu caro cultura pra que?
Se fiquei ofendida? É claro que sim! Conhecimento é preciso! Quero fazer um lobby! Lutar pela cultura, o conhecimento e a nobre inteligência! Cito Roberto Ken Nagao- diretor presidente da Refap (Alberto Paqualini Refap S/A) empresa que apóia projetos Sócio Culturais como o Programa “Petrobrás Jovem aprendiz” (que oferece cursos técnicos para colocação de jovens no mercado de trabalho) “apostamos na cultura como uma forma de transformação, a inclusão social se dá também pela inclusão cultural”.
Millôr diria: “Neocultos (tão perto dos simi-alfa) essa gente que quando está conversando com você ao telefone não dispensa o celular e, com um clique do dedo, corresponde, com o mais amplo conhecimento, a qualquer assunto que você fale, eu digo: “Cuidado, nem tudo é google no mundo da cultura”...
Sem falar na locução inter-pessoal! Isso é tema para outra coluna, mas não podendo deixar de citar: as conversas pessoa X pessoa, estão se resumindo cada vez mais aos dedos, até mesmo a violência, os crimes, é só prestar atenção na mídia, quantos casos de assassinatos cometidos por pessoa que se correspondiam via internet (e-mail, msn, chat, enfim), cito o fantástico do ultimo domingo 27 de fevereiro.
É hora de repensarmos a tecnologia! Não podemos usá-la de forma exacerbada, ela não ensina a “processar”, vamos prezar pelo conhecimento, pela leitura, pela crítica, vamos entender! Acumular cultura! Quanto mais, melhor! Como diria o celebre Machado de Assis: “Está é a Glória que fica, eleva, honra e consola”.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Ser ou não ser? Eis a questão!

Shakespeare colocou essa fala na locução do personagem Hamlet. No século XII, Hamlet é a prova de que a tristeza, a angústia, o rancor, a passividade já são doenças consumadas e que atingem direto a mente do ser humano.
Hoje, vou usar este espaço para falar de bem estar, de auto estima que, segundo a jornalista Rosana Zakabi “a auto estima é a melhor aliada do sucesso na vida pessoal e profissional. Não há idade limite para conquista-la”. É necessário que nos convençamos que somos uma dádiva, pois temos a vida, esse é o primeiro aprendizado no qual devemos nos concentrar, sou linda(o), sou inteligente, simpática(o) e todos gostam de mim!
Cada vez mais pessoas se inspiram nos manuais de auto ajuda para seguir uma vida melhor, quando, o simples fato de gostar de si mesma(o), ter confiança e acreditar nas próprias capacidades são o maior segredo!
Diz um ditado popular “o pensamento positivo faz milagres”, ele depende da fé de cada um, funciona como uma espécie de sistema imunológico emocional.
A auto estima é vital para as relações entre família, grupos, empresas, enfim, a pessoa sentindo-se bem, irá estabelecer melhor convivência com os demais, o historiador inglês Peter Burke explana: “a auto estima é o conceito mais estudado na psicologia social, e há um bom motivo para isso. Ela é a chave para a convivência harmoniosa no mundo civilizado” Sem ela, não há relações afetivas felizes, não há surgimento de líderes. Desde o início da civilização o mundo é movido a pessoas que confiam em suas idéias e as compartilham. O filósofo Francês, Michel de Montaigne (século XVI) já dizia: “a pior desgraça para nós é desdenhar aquilo que somos”.
Jamais sinta-se uma farsa, seja original, não tenha medo da rejeição, concentre-se em seus pontos fracos e se esforce para mudá-los, quer receita melhor que está? Aristóteles já observava que a esperança e o entusiasmo, juntos, formam a centelha da autoconfiança, sem a qual os jovens não teriam futuro.
Para concluir vou citar o espiritualista Eckhart Tolle “O principal foco de atenção das pessoas iluminadas é sempre o Agora, embora elas tenham noção relativa de tempo. Em outras palavras, elas continuam a usar o tempo do relógio, mas estão livres do tempo psicológico.” E deixar suspensa a questão: Ser ou não ser? Eis a questão! E então?

domingo, 20 de fevereiro de 2011

"Falta Big Brother no Brasil"

Enquanto o poder executivo, legislativo e judiciário discutem opiniões (o que pra mim não passam de discussões em torno de seus benefícios dos próprios). O povo se aliena com o Big Brother, o que diga-se de passagem é muito mais interessante do que o Tiririca.
Alguém lembra em 2008, quando instaurou-se, mais um “mal entendido” entre os poderes, o Presidente Lula indagou em um discurso em Aracaju o seguinte comentário, ao defender o programa Social “Territórios da Cidadania” que consiste na proposta de estimular o desenvolvimento regional e assegurar direitos sociais, “seria tão bom se o judiciário metesse o nariz apenas nas coisas deles” a crítica foi para Marco Aurélio Mello, Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que afirmou que o lançamento do programa poderia ser contestado judicialmente.
Marco Aurélio, então respondeu: “Enquanto eu tiver com a toga sobre meus ombros cumprirei meu dever de Juiz” (assim esperamos “neh”!), ao considerar o comentário de Lula “agressivo”.
Essa “rasgação de seda” foi parar em todos os jornais do país, no Brasil é um tal de relaxa e goza, de Florentina, Florentina., de dinheiro na cueca. Eu, particularmente, não suporto mais assistir aos telejornais, quando o assunto é política, só o que há é disputa de poder e muito egocentrismo, sem contar com as baixarias do congresso, que considero uma falta de respeito com o povo, isso sem falar na corrupção explícita. O que podemos esperar dessa nova “leva” no congresso e no senado?
E aí, como é de praxe, a bagunça não parou por aí! No dia seguinte Lula negou haver crise entre os poderes dizendo: “Não existe crise entre os poderes. Até por que cada poder tem autonomia suficiente e nós aprendemos que a sustentabilidade da democracia está em saber respeitar a autonomia de cada um.”
Ao recordar este blá blá blá, dentre tantos, sem alicerce, comecei a comparar a política brasileira com o quê? Um Big Brother, isso mesmo, um dia se odeiam e no outro se abraçam, tudo por? Um milhão! No caso dos políticos, bem mais que isso! Nós aqui, reles mortais, ficamos sem saber quem no fundo está sendo falso ou verdadeiro.
O jornalista Eduardo Lima Silva, resumiu com palavras apropriadas essa comparação, o titulo do artigo era: “Falta Big Brother no Brasil”. Para ele, o programa é muito bom “enquanto alguns falam dos defeitos eu prefiro ver suas qualidades”.
Imaginem se pudéssemos eliminar um deputado, ou senador, ou ministro, enfim, quando cometessem atos falhos. Se tivessem câmeras e microfones monitorando o congresso, acompanhando 24 horas os parlamentares. Quanta coisa se descobriria ou deixaria de ocorrer? Seria o espetáculo da realidade.
No texto, Eduardo, acresce que há uma carência dos brasileiros por justiça “o caráter dos confinados é julgado de forma rápida, satisfazendo a carência dos expectadores por uma justiça ágil”. Segundo o jornalista, se as regras do programa fossem aplicadas em outros âmbitos o Brasil estaria melhor, “a dinâmica do show é pura democracia, há um novo líder a cada semana, não se esperam 4 ou 8 anos para que ocorra alternância de poder”.
            Reality Show, como é chamado, o show da realidade, imaginem cenas hilárias como esconder dinheiro na cueca! Poderia ser instalada “a máquina da verdade”, como aquela do confessionário... Bem, sem mais comentários, vou deixar por conta da imaginação de cada um dar “uma espiadinha” como diria o Bial.

Darwin e o Genoma!

Foi difícil escolher o assunto para este post, pois só me vinham à mente assuntos polêmicos, e assuntos polêmicos requerem um livro inteiro e não uma única coluna, por isso é que tento esquivar-me de determinados temas.
Mas vou arriscar... E, citar Darwin, e a teoria de evolução, que em minha opinião, o homem não evoluiu tanto assim, mas, na semana passada na sala de espera de um consultório médico, encontrei uma revista um pouco antiga, de uns 3 anos atraz, que em uma leitura me fez refletir, segundo o que a Super Interessante, edição 240, mencionou “Charles Darwin criou o homem (hum? É!). Ou, pelo menos, inventou o que hoje nós conhecemos como homem. Antes dele, éramos o centro do universo, a obra sublime da criação. Agora somos apenas mais uma entre milhões de espécies, um bicho de origem nada especial. Nada mesmo”.
Somos apenas genes mutantes, esta obra prima que você vê no espelho todas as manhãs não passa de um monte de células que foram se modificando e o que não mudou em nada em toda essa caminhada de milhões de anos é o desígnio irracional dos genes, pois seu objetivo fundamental é fazer cópias de si mesmos.
Imaginem a existência de uma sociedade secreta instalada dentro de nosso próprio corpo, eles criaram nosso corpo e nossa mente e agora nos comandam lá de dentro, para trabalharmos em prol de sua preservação. Fazer cópias e mais cópias e cada vez melhores. Por isso existe a seleção sexual.
Geoffrey Miller, um especialista em psicologia e genética comportamental escreveu: “A Mente Seletiva” ele sugere que foram as mulheres as responsáveis por fazer os homens mais inteligentes. “Até hoje, homens selecionam mulheres bonitas, mas mulheres selecionam homens inteligentes”.
Vejamos, existem muitas diferenças entre ambos os sexos, principalmente na hora da conquista, isso é um assunto bem amplo, todos temos algumas experiências e perfis diferenciados e eu que não sou nenhuma estudiosa do assunto, muito menos conselheira afetiva não vou me pronunciar.
Até o glamuroso pavão tem sua postura, quanto maior e mais bela for sua plumagem, mais atraente será para a fêmea, então se você acha que a “evolução” de Darwin significa a sobrevivência do mais forte, você foi ludibriado, não esqueça da seleção sexual, somos comandados pelo genoma, lembra?
Então a resposta para a pergunta que deixa muitos pais loucos é essa: o genoma meu filho, o genoma, agora já sabe o que responder quando aquela pergunta surgir: Pai, de onde vêm os bebês?

Alzheimer- doença ou demência?

No início, são pequenos esquecimentos, os nomes das pessoas ou de lugares, a memória recente começa a se deteriorar, um explicação deve ser dada diversas vezes, por que o cérebro não está mais filtrando as informações, depois começam esquecimentos que podem ser até mesmo perigosos, como deixar o gás aberto. Aí vai chegando um estágio em que os hábitos, mesmo há muito tempo cultivados, podem começar a se perder, como o da higiene pessoal, da alimentação e o trabalho. O prejuízo da memória é aproximadamente linear, começando pelos fatos mais recentes e perdendo por último as recordações mais antigas.
É no aprendizado de tarefas novas onde melhor se avalia o início da demência, porque o esquecimento como fato isolado não é suficiente para realizar o diagnóstico. Com os prejuízos nas atividades mentais, o comportamento geral se altera, podendo tornar-se inconveniente, de cunho obsceno ou grosseiro, por exemplo.
Por questões de definição, qualquer pessoa pode tornar-se portadora da doença, desde uma criança até um idoso. Independentemente da causa, qualquer um que venha a sofrer uma perda abrupta ou gradual das funções mentais acima mencionadas, enquadra-se no diagnóstico. Um jovem que sofra um acidente de carro com danos mentais irreversíveis poderá se tornar um jovem demenciado.
O tratamento ainda não existe, a maneira mais certeira de se descobrir uma demência ainda no começo é fazendo testes neuropsicológicos. E o tratamento mais indicado são as atividades mentais, o cérebro precisa ser estimulado. E as atividades físicas também estimulam a liberação de substâncias que "melhoram" o funcionamento do sistema nervoso central (SNC).
            Acordada no meio da noite, 4 da manhã, aguarda a visita que está para chegar. “eles telefonaram que estão chegando” conta. As pessoas que aguardava já haviam falecido há mais de 30 anos. Apesar de se recordar de tempos remotos, ela faz esforço para lembrar e se situar no espaço em que está, minutos depois, já não se lembra mais do que acabou de contar, isso decorre também com freqüência em relação à memória visual. O esquecimento de acontecimentos recentes foi o primeiro sintoma que Sonia,( nome fictício) 77, manifestou da doença de Alzheimer, diagnosticada em 2002.
            O Alzheimer é composto por três fases. Na fase inicial, o paciente costuma manifestar distração, dificuldade para se lembrar de nomes e palavras e desorientação em ambientes familiares. Na fase intermediária, os principais sintomas são perda marcante da memória e da atividade cognitiva, diminuição do conteúdo da fala e alterações de comportamento como agressividade. Na fase avançada, a fala vai desaparecendo, e a pessoa passa a ter dificuldade para andar, engolir alimentos e controlar a bexiga.
            Estima-se que no Brasil pelo menos 1 milhão de pessoas sofram do problema e, no mundo, 18 milhões. O diagnóstico definitivo só pode ser feito após a morte pela biópsia do tecido cerebral, mas é possível detectar a doença em vida mediante a exclusão de outras enfermidades relacionadas e exames. O Alzheimer leva à morte e não tem cura, mas há medicamentos que aliviam os sintomas em alguns pacientes.
            Dica: O Lugar Escuro- de Ligia Seixas (ed. Objetiva). O livro parte do “marco zero” da doença de sua mãe, acometida de Alzheimer e os outros males senis, Arma-se feito seção de psicanálise. Mas não se trata de desabafo. E sim de construção literária. Ao visitar a mente enferma e de revelar a convivência com a loucura, “algo que contamina, entra pelos poros, vai tomando conta de você” diz a escritora.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Nova contagem regressiva!

Certa Vez, Lya Luft, renomada escritora, anunciou em um de seus pontos de vista: “Ah, que bom seria se todas as trapalhadas de nossas vidas pudessem ser anuladas com uma boa errata. Em geral, não podem”. A cada virada de ano temos a sensação de que poderemos começar tudo de novo, que podemos concertar o que de errado fizemos no ano que passou, como se pudéssemos compor uma errata de nossos enganos.
Cada ano queremos melhorar, evoluir, qualificar... Frenesi! Talvez... Essa, talvez, seja a hora da autópsia!
Cometeste erros? Tente concerta-los. Muitas vezes você pode pensar que não ‘da’ tempo de voltar atrás... E, às vezes não dá mesmo! Não da pra publicar uma errata... Mas tente compensá-los, faça o bem não importa a quem... Esse é um ditado popular muito conhecido! Na verdade nem sei de onde surgiu... Clichê? Não! Sabedoria!
Em final de ano, evocam-se problemas contingentes e imanentes, a marcar o presente na iminência do novo ano. Promessas são feitas aos montes!... Prometeu parar de fumar? Pare! Cumpra suas promessas de final de ano! Persista e ai sim: “relaxe e goze” como diria Marta Suplicy.
Mas sempre existe um contraponto nessas viradas de ano! O copo está meio cheio ou meio vazio? É algo do tipo que Shakespeare colocou na locução do personagem Hamlet. No século XII, Hamlet é a prova de que a tristeza, a angústia, o rancor, a passividade já são doenças consumadas e que atingem direto a mente do ser humano.
 De um lado as renovações espirituais de outro a descrença com a situação atual financeira e política do país... Ai sim existe descrença!
Dessa forma o opúsculo passa a ser limiar, a fronteira é sintomática, sentimos nos bolsos e muitos nos pratos vazios...
É claro que não podemos fechar os olhos, mas a s vezes da vontade, “Passou. Sua eterna dúvida era se valia a pena renovar esperanças ou insistir na veracidade da sensação de que nada mudara” .